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Há um ano e um mês assumia a Presidência da República Jair Bolsonaro, após um processo eleitoral absolutamente questionável, onde predominaram fake news e outros eventos absolutamente estranhos ao dia a dia da política e, principalmente, a um processo eleitoral lícito. Nós temos agora esse ex-parlamentar, com mais de 30 anos no Congresso e uma pífia carreira, à frente do país no seu posto mais importante, a Presidência da República.
E o que temos visto ao longo desse tempo é justamente aquilo que talvez Bolsonaro tenha deixado muito claro em uma de suas viagens aos Estados Unidos, há um processo de destruição nacional. A crise no INSS com suas intermináveis filas, os problemas nas notas do Enem, os desmatamentos e queimadas sem controle na Amazônia, a precarização crescente do mercado de trabalho e a perseguição a professores, artistas e intelectuais se somam, por exemplo, a algumas medidas que foram tomadas especialmente no tocante à Previdência Social pública que expõem o povo brasileiro há riscos incalculáveis.
Essa é a essência da diretriz maior do governo Bolsonaro, a verdadeira destruição do país. É nesse sentido que aqui apelamos para que haja o mínimo de reação à altura nessa situação gravíssima que estamos passando. Enquanto isso, Paulo Guedes e sua equipe vão avançando numa política de ataque à economia popular e, principalmente, sem oferecer nenhuma alternativa às questões que seriam mais importantes serem resolvidas nesse momento. Eu me refiro principalmente a uma política do crescimento econômico com geração de empregos e distribuição de renda e riqueza, é isso que precisamos, mas, qual o quê, o que está em curso nesse momento na equipe de Paulo Guedes é o estudo para que os bancos venham a ter maiores garantias na sua operação de crédito.
É isso mesmo, a equipe do ministro Paulo Guedes quer que o mesmo imóvel seja dado em garantia em mais de uma operação, o que hoje é vedado pela Lei de Alienação Fiduciária. A ideia é criar uma central de garantias imobiliárias, uma empresa privada a ser instituída pelo próprio mercado. A central seria responsável por informar aos bancos o valor do patrimônio que determinado cliente pode dar em contrapartida a um empréstimo. O que se quer e o que se alega é que os bancos precisam ter esse tipo de garantia para reduzir a sua taxa de juros, especialmente nessas operações de financiamento e crédito.
Os bancos alegam que a taxa de juros é elevada nos financiamentos porque em casos de inadimplência, eles têm dificuldades de executar garantias, no caso do crédito imobiliário, retomar o imóvel. É isso que a equipe de Paulo Guedes, em meio a esse processo de destruição, em meio às intenções de se levar à frente privatizações selvagens como vem ocorrendo, por exemplo, dentro da nossa maior empresa, a Petrobras, essa é a tônica que a equipe do Guedes e, podemos dizer, do ministério de Bolsonaro prepara para o país. A grande pergunta é até quando, como iremos naturalizar uma situação que é absolutamente anômala, precisamos reagir.
Para tanto, é necessário que pensemos muito além da realização de eleições, pensemos claramente em um projeto de país diferente desse que está mergulhado numa aventura hoje estabelecida nas mãos e na mente de Bolsonaro, mas que infelizmente toma conta de setores largos da nossa classe dominante. É preciso que os trabalhadores reajam, mas para isso é necessário que tenhamos instituições, partidos políticos, centrais sindicais à altura dessa verdadeira guerra que é patrocinada por Bolsonaro e seus aliados.
Ouça o comentário de Paulo Passarinho: