Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Menu

Belsito: “Reforma da Previdência aumenta desigualdades no país”

A propalada reforma da Previdência, gestada no atual governo de Michel Temer, deve sair do papel até meados do próximo ano. O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que o Congresso deve se debruçar sobre o tema já no início de sua gestão.
 
A notícia preocupa os movimentos contrários à chamada contrarreforma, que fará com que os trabalhadores sejam obrigados a contribuir por mais tempo com a Seguridade Social. O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Rio de Janeiro (Sinal-RJ) Sérgio Belsito destacou que a influência parte da classe dominante.
 
“O problema é a pressão de mercado, não se faz uma reforma para aliviar o quadro social. Para quem tem pouco dinheiro, há taxas extorsivas dos bancos que deixam as pessoas liquidadas. A reforma vai canalizar ao mercado a parcela restante de renda. Estamos com desigualdades crescentes que só serão minimizadas daqui a 12 anos. Mexer na Previdência é fazer com que essas desigualdades aumentem especialmente nos municípios do interior do Brasil”, avaliou.
 
A intenção do ex-capitão do Exército é apresentar uma proposta fatiada de reforma. O primeiro ponto a ser discutido deve ser a idade mínima para se ter direito à aposentadoria, item que atualmente não aparece na legislação. As demais modificações serão efetivadas através de dispositivos que não alterem os artigos da Carta Magna brasileira.
 
“Querem agora passar uma alteração simples da Constituição no que diz respeito à idade mínima, para dar uma resposta ao mercado financeiro. As outras medidas vêm com alterações infraconstitucionais, como a possibilidade de se aumentar a contribuição de Previdência dos servidores, a redução de benefícios como pensões que já foram reduzidos por Medidas Provisórias e podem ser ainda mais”, ponderou Belsito.
 
O Sinal é uma das entidades que integram a Frente Rio contra a reforma da Previdência, criada no final do ano passado e que coordena ações junto aos parlamentares e à sociedade alertando para os perigos do projeto apresentado pelos liberais.
 
O dirigente lembrou que os grandes devedores da Seguridade Social não são cobrados pelo Estado, dívida que já se aproxima dos R$ 500 bilhões, conforme demonstrou recente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no Congresso, e convocou a união da sociedade civil para conter o desmanche da Previdência.
 
“O Governo já disse que vai atacar os sindicatos, é preciso que a população tenha consciência do momento grave que estamos vivendo, é o trabalhador quem paga a conta. Já não teremos ministério do Trabalho e ministério da Previdência, precisamos fazer uma grande frente para resistir a isso e enfrentar essa mídia”, encerrou.
 
Ouça a íntegra da entrevista de Sérgio Belsito ao programa Faixa Livre:
 

 
Entrevista em 06.12.2018

Deixe seu comentário:

Baixe nossos apps

Mural de Recados


Deixe seu recado

Para deixar seu recado preencha os campos abaixo:

Para:  
E-mail não será publicado
(mas é usado para o avatar)